assim como um amigo imaginário que sopra oxigénio nos meus pulmões e leva a angustia para longe!
Gosto da calma urgente que se instala então...
Vivo entre um mundo que não se vê e um estado terreno, absoluto de bulício alucinante...
Escapo-me por entre os pingos de chuva e esbarro-me de pensamentos nas beiradas dos telhados,
suspensa,
absorta,
desatenta,
e a amizade imaginária entre os pulmões e a alma,
acorda-me entre o suspiro e o grito...
Há uma simplicidade intensa, inebriante, nas minhas pequenas coisas,
na cor das árvores, na forma fugidía das lagartichas, nas conversas anónimas de banco de jardim, a frescura da água na garganta quando me invade a sede, a voz de quem me quer bem,
no entanto aparento-me ausente,
desatenta,
suspensa,
absorta...
entre o suspiro de angustia e a calma do grito...
mas olho nos olhos de todas as coisas...
conheço de cor o nome de todas as cores...
2 comentários:
As cores na pintura são como chamarizes que seduzem os olhos, como a beleza dos versos na poesia.
~Nicolas Poussin
Cumprimentos
Obrigada Fernando por me ler e pela frase bonita de Nicolas Poussin.
Cumprimentos
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