sábado, 29 de janeiro de 2011

Escreve-me cartas de amor

Escreve-me "cartas de amor",
com as palavras mais ternas que conheças...
Porque a minha alma está despida delas!
Oferece-me uma rosa de petalas macias,
de caule sem espinhos...
Porque ás vezes sinto que nas minhas mãos já não há espaço para mais feridas!
Fala-me do tempo,
das chuvas,
do morno do sol no teu rosto...
Porque me apetece escutar-te ...a voz!
Senta-te comigo a olhar o mar,
assim...quedos na areia branca...
Porque me canso de fitar a linha do horizonte...sózinha!
Mostra-me as tuas mãos,
deixa-me desenhar-te uma sina...
Porque quero incluir-me ...nela!
Não me olhes nos olhos ,
a não ser que queiras "afogar-te" neles...
Porque preciso de imaginar que me vês...como se fosse a unica!
Abraça-me da maneira mais terna que consigas,
sem receio ,
apertado...
Porque me urge o teu toque ...o teu afecto!
Faz-me esquecer as regras,
corrompe-me o corpo,
tira-me o sono e substitui-o por ti...
Porque quero embriagar-me do teu cheiro...da tua pele...e fundir-me nela!
Mas escreve-me todos os dias cartas de amor,
porque as palavras ditas leva-as o vento...
Mas as palavras gravadas ,desenhadas,cunhadas de amor ...o tempo não apaga!

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Não me lembro...

Não,
não me lembro da textura do amor,
nem da cor ,
nem do seu sabor!
Sinto,
porquê não sei,
que talvez não fosse amargo,
que talvez o beijo fosse aveludado,
e a cor...??
Não,
não me lembro!
Mas não entendo a minha falta de memória,
afinal, o amor já fez parte da minha história,
Talvez de uma maneira tão intensa ,
tão imensa,
que para não chorar,
decidi não o recordar...
E ele espreita-me ...
Esgueira-se por portas imaginárias que fecho temerosa,
Tenta chegar-se de mansinho,
devagarinho,
mas logo o afugento,
com palavras tontas,
ditas á velocidade do pensamento...
E tanto o temo ,
como o imploro...
Tanto me rio dele,
como o choro...
E sento-me ás vezes ,
encostada á janela,
a olhar atravéz dela,
na esperança de o ver chegar...
Mas...
e se o não reconheço?
Ou se vai embora assustado?
É que eu não sei a quantidade de amor correcta...
E se eu amar demasiado?
E se for loucura ?
Será pecado?
E torço as mãos enrodilhando os dedos,
falando de mim para mim ,segredos...
Digo-me que já não me lembro do sabor,
da cor,
da textura do amor...
Mas ainda lhe sinto o toque,
dos seus olhos na minha pele!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Há "tempos"em que ,
nada daquilo que me pergunto ,
me respondo
E sei que não me secaram as ideias ,nem as respostas, nem as palavras...
mas calo-me...
E sei que também sou um emaranhado de frases bonitas ,
que não pronuncio
E sei que os sentimentos me afloram a pele,
mas escondo-os
Assim como quem guarda um tesouro,
de menina
Porque a insegurança é o meu registo...
Porque me perco no dever de ser enorme,
quando me sinto tão perdida e tão pequenina...
Ás vezes tenho medo de secar,de ficar amarga...
mas as meninas pequeninas são doces
E quando a coragem finge que vai embora,
escondo a menina,e faço-me ás palavras como gente grande,
adoçadas pelo de mel,que guardo dentro do peito...

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Cidade de ruelas ...

Se eu fosse uma cidade seria quase de certo uma cidade árabe cheia de ruelas ,onde se perderiam os transeuntes ,tal como me perco eu propria nas minhas imagens ,nas minhas procuras de soluções ,poções mágicas para curar os meus sentimentos as minhas frustrações ...e de onde por vezes surgem as minhas luzes...quase "insights"!
Porque mesmo nas ruelas mais escuras há sempre algures uma luz,nos olhos de alguém que passa...!
Eu Quixote e os moinhos de vento!
Eu que entendo que nada controlo!
Luto contra o medo...comendo afectos em forma de chocolate!
Sorrio comigo mesma ,porque até me vou entendendo...quase consigo atravessar a cidade sem ter que consultar o mapa...Mas os afectos ,o medo que me causa a fome que deles tenho...deles ,dos mimos de que quase já não me lembro!
Mas compro "açucar" e sento-me numa esplanada a ver pessoas de mão dada!
Gosto de ser cidade de ruelas(pretenção a minha!),onde a chuva cai e enlameia os pés...
Onde o sol bate no cimo das paredes quase nos terraços...
Onde cada canto tem historia...
Onde em cada esquina esvoaçam tecidos coloridos...
Onde desfio pensamentos e ideias,desejos e vontades,angustias e verdades...
E esperanças caladinhas ,quietinhas,pequeninas...
Porque são tão minhas...

Quem sou eu

Minha foto
espreito pelo canto dos olhos a minha alma,ávida de encontrar "coisas"sobre mim que desconheço!

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