domingo, 19 de dezembro de 2010

Sinto nos olhos os destroços do sonho...
Tenho no cerebro a confusão unificada...
Sinto na carne o preço das escolhas da juventude...
Mas ouço o bater de um pequenino coração...que me adoça...
O auto-flagelo psicologico dói ,mas não o evito...
Nunca um projecto não conseguido teve este impacto de "bofetada dada com a mão inteira"...
Tapei sempre os ouvidos e gritei ao mesmo tempo...num acto tresloucado de fuga ao pensamento sem fantasia...
Mas ouço o bater de um pequenino coração ...que me adoça...
E dói-me imaginar que a carne da minha carne possa ser tão ...igual...como se fosse um membro meu que cresceu fora de mim...
Ouço as mesmas palavras ,que proferi há muitos anos atrás...saidas agora deste meu pedaço, que cresceu e se tornou numa "menina sol"...imenso...que desconhece a sua verdade...
Não consigo o exercicio da coerencia...porque tudo se tornou numa emoção que desagua num oceano bizarro...
Mas ouço o bater de um pequenino coração...que me adoça...

Ser mãe nunca será facil...sendo ao mesmo tempo maravilhoso...
Imaginar que alguém nos vai amar de forma incondicional...é surreal e ...irresistivelmente egoista...
Decidi ser mãe porque precisava de amar e ser amada...
A minha filha segue o meu caminho...com passos identicos...com sonhos deixados ao abandono...
Num caminho minado...onde poderão chover estilhaços ...
E a verdade é... que no ventre dela há o bater de um pequenino coração...que me adoça...

Quem sou eu

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espreito pelo canto dos olhos a minha alma,ávida de encontrar "coisas"sobre mim que desconheço!

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